terça-feira, 30 de abril de 2013

LIBRAS



Breve relato  sobre a Libras


A língua de sinais existe desde 4.000 a.C, desde os greco-romanos, considerados seres humanos competentes, passando pela idade média, 476 d.C e chegando a idade moderna. Em meados de 1453 em diante, foi iniciado na França um trabalho educacional com surdos, por Ponce de Leon, considerado o primeiro professor surdo da história.

Nossa sociedade é ainda dominada pelos ouvintes e falantes, contudo , há uma parcela da população que são surdas, os  quais  até algum tempo atrás não conseguiam compreender o outro em sua volta e nem ser compreendido.E, ainda  foram vítimas da  exclusão, pois não tinha uma língua própria, reconhecida  e que lhes possibilitasse sua inserção plena ao meio.
No Brasil, a educação das pessoas com surdez teve início em 1857, ao ser fundada a primeira escola especial no Rio de Janeiro por um professor surdo francês, Ernest Huet, com o apoio de D. Pedro II, e que hoje tem o nome de
Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES).

O reconhecimento da Libras como língua oficial, leva os surdos do Brasil, a escrever uma nova história, porém apesar dos avanços ainda há muitos fatores que levam muitos surdos  a serem excluídos socialmente, como nas escolas, por não haver profissionais que o compreenda.
OBJETIVOS 
A língua de sinais tem como objetivo promover a comunicação entre as pessoas surdas e ouvintes. A  Libras, após anos de lutas, foi oficialmente reconhecida como segunda língua oficial do país, com a promulgação da Lei nº 10.436/02 e  do Decreto n° 5.626/05, que propõe alterações nos currículos dos cursos de licenciaturas e Fonoaudiologia, como isso  a pessoa surda passa a ganhar mais espaço na sociedade como cidadão. É necessário conhecer e analisar a legislação no que tange a formação em Libras e como se dá aplicação desta na  educação de surdos, como  é a realidade escolar de uma pessoa surda após tantas modificações benéficas na legislação. A partir da análise da legislação, da observação do trabalho de um educador com aluno surdo, nota-se que há um abismo entre a lei e a realidade, devido à falta de formação do professor em libras o processo de desenvolvimento dos alunos surdos em alguns casos é comprometido. Verificou-se, que apesar dos avanços em nossa legislação a realidade nas instituições de ensino com surdos permanece inalterada, gerando exclusão. É necessário compromisso com a formação de profissionais na área, para que assim o processo de inclusão de surdos seja pleno.


Libras não é linguagem de sinais, não é gesto, não é mímica, Libras é uma língua,

pois, possui todos os elementos linguísticos necessário para ser considerada língua,

ela é composta pelos níveis linguísticos: fonológico, morfológico, sintático e o

semântico, o que a difere das demais línguas é ser visual-espacial

Comunicar com uma pessoa surda, sem usar a linguagem de sinais pode parecer difícil no começo, mas é possível. Existem diferentes níveis de surdez, existem algumas pessoas que são parcialmente surdo e depois há aqueles que são completamente surdo.


COMO COMUNICAR-SE COM PESSOAS SURDAS
Ao encontrar um surdo , se você não sabe Língua de Sinais ,observe:
- Não precisa  gritar;
- Posicionar-se na frente da pessoa;
- Para chamar sua atenção abane as mão no campo visual do surdo e/ou toque a pessoa gentilmente;
- Feito o contato visual, olhos nos olhos, fale calmamente em tom de voz normal articulando bem as palavras sem exagerar;
- Utilize a comunicação visual, se você sabe, mesmo que poucos sinais, use-os! Não se envergonhe de apontar, desenhar, escrever ou dramatizar.
Como utilizar os serviços de interpretação em Língua de Sinais
- Olhe para a pessoa surda, use o discurso direto "tu, você". Não diga "pergunte a ele.... "diga a ela..."; o interprete de Língua de Sinais não é esperada a participação na conversa, ele esta ali para “emprestar” sua voz para os surdos e sua sinalização para os ouvintes , portanto evite dirigir-se ao interprete com comentários, pedidos de opinião ou sugestões. O interprete de Língua de Sinais é um intermediador, a conversa é com o surdo;
- Em nenhuma hipótese interfira no trabalho do interprete, por mais que você considere-se capaz em Língua de Sinais. A decisão de como interpretar , a velocidade, em que posição e em que momento cabe aos profissionais interpretes. As interferências interrompem o processo mental e físico do ato de interpretar, nem sempre são oportunas ocasionado a perda de informação.


É importante você saber também que nem todos os surdos fazem leitura labial assim como nem todos utilizam a língua de sinais para comunicação, cada um tem suas especificidades.







Elaine Eleutério - 30 de abril de 2013