domingo, 22 de março de 2015

Deficiência Intelectual

O déficit intelectual na escola 

                                                 
Foto SRM- Elaine Eleutério

A educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a preparação para a vida, é a própria vida.
O déficit intelectual é definido como o funcionamento intelectual geral, significativamente abaixo da média, oriundo do período de desenvolvimento, concomitantemente com limitações associadas a duas ou mais áreas da conduta adaptativa ou da capacidade do indivíduo em responder adequadamente “as demandas da sociedade nos seguintes aspectos: comunicação, cuidados pessoais, habilidades sociais, desempenho na família e comunidade, independência na locomoção, saúde, segurança, desempenho escolar, lazer e trabalho
Apesar da crítica atual da maioria dos especialistas, em relação a classificação baseada no QI, esta ainda continua sendo utiliza e a terminologia varia entre deficiência mental, déficit intelectual, déficit cognitivo ou atraso mental.

O deficiente intelectual tem uma maneira própria para lidar com o saber e tem dificuldades para construir o seu conhecimento e de demonstrar a sua capacidade cognitiva, principalmente em escolas que mantém um modelo conservador de ensino e uma gestão autoritária e centralizadora.
Eles necessitam de adequações curriculares ao longo da sua trajetória escolar sendo que estas poderão ser transitórias ou permanentes e com variação de acordo com o grau de intensidade.


Os alunos com déficit intelectual vão necessitar de adequações curriculares que atuam nos seguintes âmbitos:
Mudança na metodologia de trabalho – os alunos com déficit cognitivo são mais visuais que auditivos. Muitas ordens e atividades devem ser dadas com modelos concretos e o ensino apoiado em estímulos visuais claros, simples e criativos;
Introdução de novos conceitos – estas devem ser associados a modelos conhecidos e que fazem parte do dia a dia do aluno. O aluno memoriza com mais facilidade aquilo que ele conhece e, consequentemente, pode transferir a aprendizagem para outros contextos;

Sistema de avaliação – as provas e trabalhos escolares devem ser adaptadas as necessidades de cada um. Muitos alunos não respondem bem a matrizes com letras pequenas, pouco espaço para respostas e com um número excessivo de estímulos. O material deve ser claro, de boa qualidade e com número adequado de informações e perguntas;
Metodologia durante as aulas – o período de concentração destes alunos é pequeno. Então aulas expositivas de longa duração não são absorvidas por eles. Devemos procurar exposições mais curtas, apoiadas em trabalhos práticos, onde a criança possa utilizar os vários sentidos simultaneamente.
MATERIAL SOBRE DEFICIÊNCIA INTELECTUAL PARA DOWNLOAD
Acomodações, modificações e práticas efetivas para a sala de aula inclusiva. Revista Temas sobre Desenvolvimento. 2013. Fernando Ossatti.
Deficiência Mental. Revista Temas sobre Desenvolvimento. 2013. João Schwartzmann.
Educar na diversidade. material de formação docente. MEC.
Brincar sem limites. Revista Sentidos. O lado Virtual de Pessoas com Deficiência.

"Eu sou um intelectual que não tem medo de ser amoroso, eu amo as gentes e amo o mundo. E é porque amo as pessoas e amo o mundo, que eu brigo para que a justiça social se implante antes da caridade." Paulo Freire