A visão é o motor que impulsa o desenvolvimento psicomotriz nos primeiros
anos de vida da criança.É o sentido pelo qual se consegue perceber o mundo exterior
que se relacionam com ele. Tudo o que se enxerga é fruto da tradução, feita
pelo cérebro, dos estímulos luminosos que atingem os nossos olhos.
A visão é a que mantem a hierarquia dos sentidos e ocupa
uma posição imprtante no
tange à percepção e integração de formas,
contornos, tamanhos, cores e imagens que estruturam a composição de uma paisagem
ou de qualquer ambiente
.
Quando uma criança devido, a alguma alteração, não atinge o desenvolvimento da eficiência visual
de forma natural e espontânea, se faz necessária uma intervenção com
estimulação visual.
A estimulação visual consiste em utilizar a visão residual
que a criança possui, proporcionando exercícios específicos que se baseiam no
funcionamento visual com o objetivo de alcançar o mais alto desempenho possível
desse resíduo visual. (AMCIP- Associação Mantenedora do Centro Integrado de
Prevenção, [s.d.])
Uma criança com visão normal desenvolverá a
capacidade de ver, de uma forma espontânea; sem embargo uma criança com baixa
visão, na maioria dos casos, não o fará de forma automática, por isto se deve
estimular visualmente por meio de um programa sistemático encaminhado a
desenvolver suas funções visuais.
Para Fonseca; Lima (2004) a capacidade de ver e
interpretar imagens depende principalmente da função cerebral. Assim como
ocorre a maturação do sistema nervoso, o sistema visual também passa por
transformações, evoluindo durante as primeiras semanas de vida, quando a
retina, as vias ópticas e o córtex visual desenvolvem os contatos celulares,
ocorrendo, portanto o processo seletivo durante o período crítico. A função,
portanto, é necessária para o desenvolvimento típico do córtex visual e vias
ópticas. Segundo Tartarella (apud NAKAHARA, 1997), todos os bebês nascem com
uma visão baixa.
A maturação do sistema visual se inicia após o nascimento e só
se completa por volta dos oito anos de idade. Mas há uma época de maior
plasticidade do sistema visual, o chamado "Período Crítico". Período
crítico, idade plástica ou período sensitivo é o período da vida durante o qual
as funções visuais podem ser modificadas por experiências visuais anômalas, é o
período de maior plasticidade do Sistema Nervoso Central. (TARTARELLA apud
NAKAHARA et al., 1997)
Para Martín e Bueno (2003) o desenvolvimento do sistema
visual em criança com baixa visão raramente se produz de forma automática e
espontânea.
O
especialista em baixa visão, a família, bem como a própria criança devem
auxiliar muito. Requer paciência, compreensão e boa comunicação. Sem embargo, o
esforço realmente vale a pena, sempre lembrando que o limite é o infinito.
A oportunidade e a possibilidade em usar as novas
habilidades adquiridas dentro do contexto casa, escola e comunidade,
representam um impacto direto na evolução da criança.
Devemos lhes dar a oportunidade de conhecer experiências
totais, isto é, não só o verbal e tátil, mas também orientação espaço-tempo, e
relações com respeito a sua autopercepção, a outros seres e outros objetos.
A estimulação visual está estreitamente relacionada com o desenvolvimento visual, pois consegue que uma criança consiga se interessar por seu entorno, queira explorá-lo e saber o que é.
Foto tirada no dia 03/11/2014 em Governador Valadares no 3º módulo de deficiência visual. Curso ministrado pelo MEC. Professora Jaqueline Pereira Peixoto.