A Visão
“O Olho é uma espécie de globo, é um pequeno planeta com
pinturas do lado de fora. Muitas pinturas: azuis, verdes, amarelas. É um globo
brilhante: parece cristal, é como um aquário com plantas finamente desenhadas:
algas, sargaços, miniaturas marinhas, areias, rochas, naufrágios e peixes de
ouro. Mas por dentro há outras pinturas, que não se veem: umas são imagens do
mundo, outras são inventadas. O Olho é um teatro por dentro. E às
vezes, sejam atores, sejam cenas, e às vezes, sejam imagens, sejam ausências,
formam, no Olho, lágrimas.”
Cecília Meireles
A avaliação é o passo intermediário de especial transcedência entre a detecção e a intervenção. É relevante realizar uma avaliação transdisciplinar em que envolve a família, a escola, o oftalmologista e o ortoptista também.Sem uma avaliação exaustiva, é impossível um tratamento com sucesso.
AVALIAÇÃO DO FUNCIONAMENTO VISUAL
Aula ministrada pela professora Jaqueline Pereira Peixoto
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O funcional visual é um comportamento aprendido: " quanto mais experiências visuais uma criança tiver , mais condutos cerebrais serão estimulados, o que dará lugar a uma maior acumulação de imagens visuais variadas e de recordações"(BARRAGA, 1986).
A avaliação é o passo intermediário de especial transcedência entre a detecção e a intervenção. É relevante realizar uma avaliação transdisciplinar em que envolve a família, a escola, o oftalmologista e o ortoptista também.Sem uma avaliação exaustiva, é impossível um tratamento com sucesso.
LISTA DE OBSERVAÇÕES DO PROFESSOR: o ABC da dificuldade visual (José, 1988)
Aparência dos olhos do aluno:
1. Vesguear (para dentro ou para fora) a qualquer momento, especialmente quando está cansado.
2. Olhos ou pálpebras avermelhados.
3. Olhos aquosos.
4. Pálpebras afundadas.
5. Terçol freqüente.
6. Pupilas nubladas ou muito abertas.
7. Olhos em constante movimento.
8. Pálpebras caídas.
Sinais de possíveis dificuldades visuais, no comportamento:
1. Corpo rígido ao ler ou olhar para um objeto distante.
2. Inclinar a cabeça para a frente ou para trás ao olhar para objetos distantes.
3. Omissão de tarefas de perto.
4. Períodos curtos de atenção.
5. Giro de cabeça para utilizar um só olho.
6. Inclinação lateral da cabeça.
7. Colocação da cabeça muito próxima ao livro ou à carteira ao ler ou escrever; manter o material muito perto ou muito longe.
8. Franzir a sobrancelha ao ler ou escrever.
9. Piscar em excesso.
10. Tendência a esfregar os olhos.
11. Tapar ou fechar os olhos.
12. Falta de gosto pela leitura ou falta de atenção.
13. Fadiga incomum ao terminar uma tarefa visual ou deterioração da leitura após períodos prolongados.
14. Perda da linha.
15. Uso do dedo ou lápis como guia.
16. Leitura em voz alta, ou movendo os lábios.
17. Mexer a cabeça, no lugar dos olhos.
18. Dificuldades gerais de leitura: tendência a inverter letras e palavras, ou a confundir letras e números com formas parecidas (p. ex.: a e c, f e t, e e c, m e n, n e r) omissão freqüente de palavras ou tentativa de adivinhá-las a partir do reconhecimento rápido de uma parte.
19. Esbarrar em objetos.
20. Espaços escassos ao escrever, ou incapacidade para seguir a linha, inversão de letras ou palavras ao escrever e copiar.
21. Preferência pela leitura, em contraposição ao jogo ou às atividades motoras ou vice-versa.
Queixas associadas ao uso dos olhos:
1. Dores de cabeça. 2. Náuseas ou vertigens.
3. Ardor ou coceira nos olhos. 4. Visão turva a qualquer momento.
5. Confusão de palavras ou linhas. 6. Dores oculares.
Fonte: RUIZ, Maria Cristina Pérez; MOLINA, Diego Rando; BUENO, Maria Concepción Toro; & LARA, Rafael Torres. Diagnóstico e Avaliação do Funcionamento Visual. Deficiência Visual: Aspectos Psicoevolutivos e Educativos / MARTIN, Manuel Bueno & BUENO, Salvador Toro, 2003. Editora Aljibe, S.L. Livraria Santos Editora Ltda
No escuro é muito difícil e, às vezes, é mesmo impossível ver alguma coisa. É a luz que estimula o tecido nervoso dos nossos olhos e permite distinguir a forma, o tamanho, a cor, o movimento, a distância das coisas, etc.
Os nossos olhos são quase esféricos e estão alojados nas cavidades orbitais da face. As paredes do globo ocular são constituídas por três membranas: a esclerótica, a coróide, e a retina.
membrana mais externa do olho, é branca, fibrosa e resistente;
mantém a forma do globo ocular e protege-o;
na região anterior e central do olho, a esclerótica, é fina e transparente e constitui a córnea.
reveste internamente a esclerótica, é escura e rica em vasos sanguíneos;
na região anterior do olho, ela tem um orifício circular, a pupila;
a faixa circular da coróide que rodeia a pupila é denominada de íris e pode ter uma cor azul, castanha, cinza ou verde;
por meio de dois músculos lisos, a íris regula o diâmetro da pupila;
quando a claridade do ambiente é pouco intensa, a pupila dilata-se para deixar entrar no olho o máximo de luz possível;
quando a claridade é demasiado intensa, a pupila contrai-se para impedir que o excesso de luz prejudique a visão.
é a membrana mais interna do globo ocular, nela encontram-se células nervosas especializadas em captar os estímulos luminosos;
no fundo do olho está o ponto cego, insensível à luz, porque é o lugar por onde passa o nervo óptico;
esse nervo conduz os impulsos nervosos para o centro da visão, no cérebro;
Antunes Maria do Céu * Rocha K. Dui
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A CEGUEIRA E SUA COMPLICAÇÕES QUANDO NÃO HÁ ESTIMULAÇÃO NA IDADE CORRETA.
BREVE RELATO
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL
A cegueira é um tipo de deficiência sensorial e sua principal
característica é a ineficiência da aquisição da informação, neste caso o
visual.
Caracteriza-se pela perda parcial ou total da visão que após
melhor correção óptica ou cirúrgica limitem seu desempenho normal, acarretando
a deficiência visual.
A percepção visual é a capacidade de interpretar a imagem que
se recebe através do sistema visual. O cerébro deve exercitar sua capacidade de
interpretação e associação, recorrendo à memória de outras imágens igualmente
percebidas para dar nome, funcionalidade, sentido e direção ao recebido por
ambos olhos.
Segundo a definição médica da Organização
Mundial da Saúde, tem cegueira a pessoa que apresenta acuidade visual inferior
a 0.05 (referência tabela Snellen), em ambos os olhos, após a melhor correção
óptica possível. Campo visual inferior a 20 graus. São consideradas pessoas com
baixa visão ou visão subnormal, quando a acuidade visual está entre 0.05 a 0.3
em ambos os olhos, com a melhor correção óptica possível.
A baixa visão é uma condição em que há um
comprometimento do funcionamento visual mesmo após a correção dos erros
refracionais comum. A pobreza de atividades motoras impostas pela deficiência
visual pode promover atrasos na aquisição de habilidades sensório-motora.
Diante do exposto, todos temos dificuldade em
processar determinados estímulos sensoriais (um certo toque, olfato, paladar,
som, movimento, etc) e todos temos preferências sensoriais.
Estimular é a palavra chave para o desenvolvimento da criança rumo à aprendizagem; proporcionando e oferecendo condições e meios para a criança se tornar pensante e capaz de adquirir sua identidade.
Quando falamos em estimulação não estamos falando especialmente de uma área, mas sim do desenvolvimento
global da criança;
Essa estimulação deve ser desenvolvida no tempo certo e correspondente a idade da criança. Elaine Eleutério/ 03/11/2014
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